quarta-feira, 13 de abril de 2011

Mudanças na duplicação da BR-050 são propostas pelo G7

“Alterações no projeto trarão segurança e economia para quem utiliza o trajeto”, diz diretor da Fiemg

No ano passado, o então vice-presidente da República, José Alencar (in memorian) veio até Uberlândia e assinou a aprovação do edital de licitação para as obras de duplicação da BR-050 entre Uberlândia e a divisa de Goiás. O projeto que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal terá um investimento total de R$ 273 milhões e teve início ainda em meados de 2010 sob a supervisão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Analisando o projeto da obra, o diretor da Fiemg Regional Vale do Paranaíba, Maurício Santos da Silva, verificou que sua luta por melhorias na estrada, que já permanece há sete anos, não está surtindo efeito, pois a nova rodovia estará ampliada, entretanto continuará com várias curvas, colocando em risco a vida dos que passarem por ela. “A minha reivindicação não é infundada, são no total de sete curvas que se continuarem lá podem causar muitos acidentes, pois com a duplicação, os motoristas ficarão mais seguros em aumentar a velocidade e pode surgir algumas imprudências”, explica Silva.

O trecho a ser duplicado será de quase 69 quilômetros e é considerado um dos mais perigosos da região de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que também afirma que só entre Uberlândia e Araguari, trecho de 35 quilômetros, transitam por dia cerca de 11,5 mil veículos.

Preservando a vida e a ecologia

Segundo Silva, o trecho a ser modificado no projeto é pequeno. “São aproximadamente 3,3 quilômetros a serem modificados, mas evitará muitos acidentes desnecessários”, conta.

Outro ponto tocado pelo diretor é que o trajeto que ele propõe modificação passa na beira da represa, a qual pode ser contaminada caso ocorra algum acidente venha a acontecer nessa mediação. “Há tempos o Dnit determinou que a ponte deveria estar em local diferente, pois ali é um risco para o trânsito e também para o meio ambiente, pois daqui algum tempo a água da represa será utilizada para abastecer Uberlândia e região, se continuar assim, esse recurso será inutilizável”, afirma Maurício.

As observações de Silva são apoiadas pelo G7, grupo de grande influência em Uberlândia composto pela Fiemg Regional Vale do Paranaíba, CDL Uberlândia, OAB Uberlândia, Aciube, Conselho de Veneráveis, Sociedade Médica e Sindicado Rural, e foram documentadas e enviadas para o Ministério de Planejamento, que é responsável pelas obras do PAC.

Caso a ministra Miriam Belchior julgar viável essa mudança, a obra pode atrasar em até um ano. “O atraso será inevitável, porém o que é um ano diante de uma melhoria que vai durar décadas? Além da economia que os motoristas terão. Fiz as contas e será aproximadamente R$ 5 milhões economizados por ano em combustível”, conclui Maurício Souza da Silva.

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